
Aender Reis – percussionista
Pavão – Vale do Mucuri – Minas Gerais – Brasil Profundo.
O que dizer da acolhida, recepção, interação do público e da organização? Não há palavras para definir o carinho com o qual tudo foi feito. Até um cortejo cultural fizeram, anunciando pelas ruas o evento.
Na conversa de lavadeiras, mais uma vez a emoção se fez presente, todos que estavam no local se surpreenderam com as experiências trocadas, com as homenagens, um número belíssimo com Carolina Araújo e direção de Júlia Ruas Cangussu. Ao final, outro número de dança, em homenagem às mães. Foi uma noite mágica!
No sábado…aaah, o sábado, foi de pura expectativa por todos os cantos da cidade. Todo mundo aguardando, comentando sobre o show que aconteceria à noite. A noite chegou, linda, praça lotada, lavadeiras felizes, banda animada, afinada, pronta pro espetáculo, Carlos Farias ansioso, Beatriz, numa correria louca, com o coral do CEIA e as Lavadeiras.
Antes do show, uma peça muito interessante, impactante, dirigida pela Julia Ruas Cangussu, com a Companhia POAIA de teatro. Em seguida, sobem ao palco Bia e seus Querubins do CEIA…que show, quanta emoção! Na platéia, e presente na cidade desde a sexta na Conversa de Lavadeiras, um ser humano da melhor qualidade, simples, batalhador, simpático, amigável, Lucas Odoni, representante da Petrobrás. Pronto, o Secretário de Cultura, grande amigo e competentíssimo Mestre de Cerimônias Hermes Vieira de Souza, anuncia Carlos Farias, que entra sozinho no palco e faz algumas canções de seu trabalho solo, chamando em seguida o Coral das Lavadeiras de Almenara. As “meninas” entraram no palco e o que já estava ótimo, parafraseando o querido “cumpádi” Pereira da Viola, virou uma “incelente maravía”! Que show, que energia do público, que calor humano! A cada música cantada, lá do palco pude perceber o brilho nos olhos das pessoas lá embaixo, as expressões eram as mais variadas possíveis: Surpresa, alegria, encantamento, emoção. A essa miscelânea de sentimentos, dei o nome de “estado de graça”. Era como estávamos, público e palco mais uma vez.
Terminado o show, parece que a cidade inteira estava atrás do palco, aguardando a descida das lavadeiras e de Carlos Farias para mostrar-lhes o quanto estavam felizes com o que acabaram de ver, ouvir e sentir. Bom, mais uma vez, aliás, serei eternamente grato a todos os que me proporcionam vivenciar esses momentos. Obrigado Deus, Buda, Jáh, Tupã, Oxalá, Tuxawa Carlos Farias, a Guerreira Bia Beatriz Farias, Mirian, Tereza, Mariana, Ana Isabel, Santa de Lurdes, Adélia, Tiana, Valdênia, Mayra, Juraci, Emília, Jucélia, meu querido amigo/irmão Luã Raoni, meu “fiote de cabelo” Samir Cauã, o grande parceiro e talentosíssimo Sanráh, o querido “de menor” Pedro Gomes, o irmãozão Maestro Ivan Virgílio, o fantástico Zé Geraldo, o Mestre Carlinhos Ferreira e o cara responsável pela excepcional qualidade sonora nos shows, o querido amigo e cumpádi Marcão; ao novo velho amigo Lucas Odoni, ao prefeitão Carlão, Jandira Cangussu e Leodônio, nas pessoas de quem agradeço a toda a comunidade de Pavão, uma cidade que ganhou cadeira cativa no meu coração! “Enquanto houver fé, saúde, paz, amor, oportunidade e parcerias, viva estará a Procissão das Lavadeiras e seu, sua, nosso, nossa DEVOÇÃO!” ATÉ A PRÓXIMA…